quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Comunicado do CDS-PP de Sines sobre o Carnaval




O CDS-PP de Sines salienta em primeiro, o facto do Carnaval ter voltado a Avenida Humberto Delgado. Apesar dessa mudança de local se dever as obras de Regeneração Urbana, sempre defendemos a tradição de uma festa tão Sineense e acreditamos que o Carnaval deveria regressar de vez para este local, onde viveu os seus momentos mais prósperos. Saudamos todos aqueles que participaram nesta festa, contribuindo com a sua presença e espirito para o brilho desta festa, que se pretende futuramente que seja cada vez maior e mais abragente. Contudo o principal motivo deste comunicado, é o pedido por parte do CDS-PP de esclarecimentos a Câmara Municipal de Sines, sobre a relação entre o executivo e a Associação Siga a Festa, nomeadamente na atribuição de dinheiro público para o financiamento da festa de Carnaval. Tendo em conta o comunicado do Lar “ A Âncora” via Facebook, de que a Associação não tinha atribuido bilhetes para as crianças a conta desta intituição, o CDS-PP de Sines, pede que o Relatório Financeiro seja tornado público a população de Sines, para que haja transparência em todos os sentidos nesta matéria. Acreditamos no bom senso de todos os intervenientes de modo a que esta situação seja bem explicada, para que não haja qualquer tipo de dúvida sobre esta questão.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Comunicado sobre o Orçamento Municipal de Sines para 2012



Comunicado sobre o Orçamento Municipal de 2012


Num momento tão difícil para Portugal, é de lamentar que a Câmara Municipal de Sines apresente um Orçamento Municipal irreal, ilusório e fraco. Vivemos sob o signo da austeridade, derivada de uma política de desgovernação que empurrou a dívida de Portugal de 82 mil milhões de euros para 170 mil milhões de euros num curto espaço de 6 anos, obrigando o país a vergar-se perante um pedido de ajuda externa. Só nas Câmaras Municipais, por exemplo, a dívida a fornecedores chega aos 1,5 mil milhões de euros, e o valor da dívida total, já atinge os 4% do PIB. Em relação ao Orçamento Sineense para 2012, não se verifica a esperada contenção para o momento em que se vive, pelo contrário, entra-se na ilógica do despesismo, visto o valor desse mesmo orçamento ser de um total de 55,5 milhões de euros (!!!), o que é um aumento de 20% em relação ao Orçamento anterior, o que representa um valor de 4,3 milhões de euros. O facto de Sines receber fundos comunitários não alivia a carga nos cofres camarários, pois a dívida global da Câmara irá subir de 24 para 30 milhões de euros, o que é inadmissível e muito negativo. Este acumular da dívida está na consciência de cada um daqueles que aprovaram esse documento, e irá reflectir-se negativamente no futuro, pois teme-se que haja repercussões negativas deste galopar da dívida que nada beneficia Sines. Se o próprio executivo tem a noção que terá de ter contenção em novos investimentos futuros, para pagar os actuais, toma novamente consciência de que está a contribuir para uma situação insustentável. A pior parte deste Orçamento é a realização de receita na ordem dos 15 milhões de euros (!!), derivados da venda de património municipal. Ou seja para além de ser um valor completamente disparatado, irá por um lado não só diminuir o património municipal, como por outro lado, não se receber o real valor de qualquer venda, visto estarmos em tempo de crise e de o sector imobiliário estar em baixa. Por parte do CDS-PP de Sines temos a certeza de que exigia-se um documento de Orçamento mais rigoroso e contido, um verdadeiro plano para a diminuição das despesas da Câmara, que já deveria ter sido projectado há anos, pois a dívida global já é muito significativa de há uns anos para cá, para evitar o colapso financeiro e uma ruptura das contas municipais. Apesar de não termos representação camarária, tal facto não impede que olhemos para este Orçamento como um fiasco, para além de levar o nosso desacordo e chumbo.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Senão tratamos bem os filhos de Sines, quem irá tratar?


Do Facebook de Vicente Alves Do Ó, surge o desabafo acerca da sua nova obra "Florbela":

"Para todos os amigos sineenses: A Câmara Municipal de Sines, na pessoa do Sr Carlos Seixas acaba de recusar o meu filme "Florbela" dizendo que a sessão é cara. Um homem que nem é de Sines e lá leva tudo aquilo que ele.... conhece. Ou seja, amigos, se quiserem ver o filme terão que se deslocar às outras 20 Câmaras do Alentejo que estão a agendar o filme e onde eu não nasci. Obrigado, Sines."

Repentinamente, surge da Página de Facebook do Municipio de Sines:

"Esclarecimento do Presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho, sobre a projeção do filme “Florbela”, de Vicente Alves do Ó, em Sines:

"Como Presidente da Câmara Municipal de Sines e c...omo responsável pela Cultura manifesto a minha surpresa, incómodo e indignação pelo que acabo de ler e saber sobre as questões da projeção do filme “Florbela” de Vicente Alves do Ó.

Esclareço:

Sou Presidente desta Câmara há mais de 14 anos e durante este período sempre assumi a responsabilidade direta pela cultura, tendo em conta a sua importância na formação das pessoas e na sua vida intelectual, espiritual e lúdica.

Nestes anos, houve sempre uma preocupação em apoiar, incentivar e estimular todos os Sineenses a produzirem, apresentarem e divulgarem obras ou programas da sua autoria, ou não, ligadas à produção e difusão da Cultura.

Nunca foram (nem serão) negados os apoios monetários ou de espaços para produzir e/ ou apresentar obras culturais ou artísticas.

Vicente Alves do Ó já foi apoiado pela Câmara para apresentação de obras suas e continuará a sê-lo. Basta que tal apoio seja solicitado ao Presidente da Câmara.

Esta Câmara, que tenho a honra de presidir, orgulha-se sempre com os Sineenses que se destacam em quaisquer áreas da atividade humana e em particular nas atividades da cultura e das artes, que são bens raros mas essenciais à vida das pessoas e à comunidade a que pertencem.

Isto é atestado com a prática desta Câmara ao longo dos anos nos apoios e incentivos que tem disponibilizado aos produtores de poesia, escrita em geral, artes de palco e todas as manifestações artísticas.

Esclarecidas os princípios e a prática desta Câmara e do seu Presidente, e sendo isto comprovável, custa-me ouvir/ler certos cometários e, principalmente o aproveitamento para ataques despropositados e infundados.

Assim, em nome da verdade e da posição desta Câmara, esclareço e sublinho:

1- Desde o primeiro momento em que tomei conhecimento da realização do filme “Florbela” e do modelo escolhido pelo realizador Vicente Alves do Ó para a sua distribuição, o que aconteceu informalmente em reunião com a Presidência da Direção de uma associação cultural local (que, querendo, poderá atestá-lo), manifestei interesse na apresentação e projeção do mesmo no auditório de Sines;

2 – Enquanto Presidente, não recebi qualquer pedido formal ou informal para a projeção deste filme no auditório, nem qualquer parecer do serviço de cultura sobre a matéria, relativamente ao qual tenha sido chamado a decidir;

3- Não tive conhecimento, até ao dia de hoje, dos contatos estabelecidos entre a entidade produtora do filme e o Centro de Artes e respetivos resultados;

4- A informação recebida hoje do serviço de cultura evidencia não uma recusa relativamente à projeção do filme, mas sim a reiteração do interesse na realização da mesma, apresentando o serviço municipal uma contraproposta, mediante a qual a receita de bilheteira reverteria para a produtora a titulo de pagamento pelo aluguer do filme – sublinho que esta contraproposta foi feita sem qualquer intervenção ou conhecimento prévio do Presidente ou qualquer outro membro do executivo;

5 – Como Presidente e responsável pela Cultura faço questão que o filme seja apresentado e projetado no Auditório do Centro de Artes de Sines, mediante as sessões que se considerem necessárias para que todos os Sineenses que desejam ver o filme tenham essa oportunidade;

6 – Continuaremos com esta política de promoção da cultura e de incentivo a todos os jovens sineenses para o desenvolvimento das práticas de criação, produção e difusão da cultura e das artes. É um dever no exercício das funções do poder autárquico em prol do enriquecimento cultural e espiritual das pessoas e da comunidade."


A questão que surge é simples:

Esse comunicado... Então se tem responsabilidade directa sobre a área, como pode mostrar surpresa, incómodo e indignação ? Alguém passou por cima do Sr.Presidente ? 2 opções: Ou sabia e perante o que se passou reconsiderou a opção ou alguém passou por cima da sua autoridade e isso revela desorganização e falta de comunicação... Em que ficamos ?

P.S: A resposta acima descrita foi apagada da mesma Página de Facebook do Municipio de Sines.
Já com o Jornal Municipal é a mesma coisa... Só o Executivo fala.
É questão para dizer... Que Democracia ?