domingo, 20 de março de 2011

Discurso no XXIV Congresso do CDS-PP em Viseu de Filomena Pinela



Ouvi, um dia, o Dr. António Bagão Félix dizer, quanto mais e maiores sacrifícios são pedidos às pessoas maior é a necessidade de explicação para que se possa gerar um clima de confiança, credibilidade e esperança que propicie o desenvolvimento económico.


As pessoas têm de entender para o que vão ser usados os dinheiros que lhes são retirados dos salários, das pensões e da diminuição dos seus direitos laborais.

Um professor, a quem foi reduzido o salário, merece o respeito de saber que o “seu dinheiro” não foi usado para construir TGV´S, IC4 ou novas travessias do Tejo, contratos que comprometem o futuro e não beneficiam o interesse nacional presente.

Eu sinto a revolta nas pessoas!

Acredito na Democracia Cristã e no Humanismo Personalista que colocam o Homem no centro da vida política e a usufruir dos benefícios de viver em sociedade.

Não aceito um socialismo que escraviza e esmaga as pessoas em nome de interesses, por vezes, pouco claros e quase nunca explicados.

É uma voragem que tem de parar; temos de proteger os mais fracos!

E o centro da instabilidade tem um nome, Eng.º Sócrates a quem o Dr. Paulo Portas já pediu de se demitisse por amor a Portugal; pois é em José Sócrates que os mercados não acreditam…

Esse Primeiro-Ministro continua indiferente ao desemprego, à dificuldade de crédito de particulares e empresas, à falta de liquidez, ao receio de investir em Portugal, a crise da justiça e mesmo à fome… Vive na sua própria realidade e num dia acha que pôs as contas públicas em ordem, no dia seguinte “inventa” novos e injustos sacrifícios; e ainda está apostado em “salvar-nos” do FMI. Ou, antes, salvar-se a si próprio de alguém a quem tenha efectivamente de prestar contas pois já demonstrou que não respeita nem o Presidente da Republica, nem o parlamento democraticamente eleito.

Sócrates deixou de ter graça, já esgotou o anedotário nacional, passou a ser motivo de trauma! E os portugueses, sabiamente, já brincam às revoluções...


Por Filomena Pinela
Presidente da Concelhia de Santiago do Cacém
Vice-Presidente da Distrital de Setúbal